9 de dezembro de 2015 - Antonio Carlos Teixeira Alvares
Investir em inovação é muito mais do que construir laboratórios e contratar cientistas…
Sempre acreditei que o mais importante em uma organização inovadora é o ambiente que estimula as mudanças, o que no Fórum FGV/Inovação chamamos de meio inovador interno.
As pessoas tem de ser incentivadas a propor mudanças, os acertos devem ser celebrados e os erros bem intencionados devem ser estudados e compreendidos, ao invés de punidos. Com isso se estabelece o clima favorável para as inovações que não terão sua origem apenas nos especialistas de P&D. Serão ideias criativas de responsabilidade de todos…
Pois bem, durante o lançamento do livro Organização Guiada por Ideias com a presença de um dos autores, o professor americano Alan Robinson, este conceito foi debatido. Robinson destacou vários casos de empresas em diversos países em que o pessoal da linha de frente trouxe soluções inovadoras a partir de sua observação e vivência do dia-a-dia.
O conceito da inovação incremental impulsionado por sistemas internos de sugestões foi abordado também na palestra “Inovação a partir de todas as pessoas da organização como estratégia”, que proferi em evento da HSM.
Por causa dessas reflexões, fui procurado pelo jornalista Matheus Medeiros que propôs uma entrevista. Acho que ele foi muito competente ao captar os pontos principais da inovação incremental. Sobretudo, focalizou o ponto que tem dificultado a adoção dessa proposta: o preconceito dos gestores com as ideias provenientes da base operacional, sob o argumento de que não são capacitados para darem boas ideias.
As empresas que querem reinventar o seu ambiente interno devem atentar para o fato de que a inovação a partir de todas as pessoas é uma excelente forma de se construir uma organização verdadeiramente inovadora.
Aos que desejarem ler a entrevista na íntegra é só acessar o link abaixo:
Caro Teixeira,
Muito oportuna a observação sobre inovação, também entendo que quanto maior o numero de idéias mais resultados se obtêm.
Existe uma certa piramide de qualidade das inovações que dependem da geração delas, entendo que inovar deve fazer parte das necessidades básicas do ser humano e para isto del deve praticar sempre.
Inovar deve ser como as funções implícitas do ser humano como: asseio diário; vestimenta; dirigir; comer…. (se faz com naturalidade)
isto deve ser natural e para que assim seja vale o impulso da direção e a vontade individual de evoluir, o treinamento próprio é fundamental neste processo.
Manoel Guarda
Caro Manoel,
Vc está absolutamente correto. Aliás era de se esperar pois não me esqueço de que vc como Diretor Industrial da Brasilata, lá nos idos de 1987, foi o líder puxador do nascente Projeto Simplificacão. Obrigado pelo comentário e um forte abraço.
Teixeira